“Atualmente, recomendo e analiso este tipo de jogo como recurso pedagógico junto aos meus alunos dos cursos de licenciatura”, afirma a professora Ana Claúdia Souza Cruz, que leciona para as turmas de Pedagogia do UniToledo.
A pedagoga ressalta que o jogo ajuda no desenvolvimento da imaginação, da criatividade e da autonomia, pois possibilita escolhas e tomadas de decisões. Segundo ela, por se tratar de uma linguagem lúdica, a atividade estabelece uma conexão importante com o mundo e contexto da criança e, portanto, torna a aprendizagem significativa.
Encarregado de conduzir a história, o jogador que atua como “mestre” realiza verdadeiras pesquisas para os conflitos que levará para a partida. Jean Carlos Pereira dos Santos, que guia jogos há 16 anos, busca influência em documentários, filmes, romances históricos e literatura fantástica. Ele crê que leitura de obras como “As Brumas de Avalon”, “Robin Hood” e “O Senhor dos Anéis” ajudaram-no a enriquecer o roteiro. Conta também que chegou a criar mapas para histórias ambientadas na Idade Média. “Como mestre, você quer trazer o máximo de realidade para o jogador. Por isso utiliza conhecimentos sobre clima, geografia para compor o cenário.”
Além de possuir potencial educacional e acrescentar repertório cultural, o RPG serve como forma de socialização pelo fato de envolver um grupo de pessoas. O jogo induz à cumplicidade e à interação entre os participantes que em determinadas passagens da história precisam “unir forças” para superar obstáculos e realizar objetivos propostos.
Jogador de RPG há três anos, o estudante de Publicidade e Propaganda Felipe de Almeida Penteado acredita que o perfil comportamental de cada jogador pode determinar se a partida terá um foco mais colaborativo ou não. “Mas a integração é essencial e o jogador que se isola acaba se tornando mais fraco”, salienta.
Por Michelle Santos e Rafaela Tavares
(Texto feito para a aula de Técnicas de Apuração e Reportagem)
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