domingo, novembro 18, 2012


Artigo: Fazer o bem e olhar a quem

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Reta final de campeonato. O brasileirão está com partidas contadas, o campeão desse ano é o Fluminense, que além de ser tetra, tem vaga garantida na disputa da Libertadores da América no ano que vem.
            Também é assunto do Brasileirão a crise que o Palmeiras vem passando desde o começo do campeonato.
É difícil acreditar tamanha instabilidade do verdão. Basta lembrar que em julho conseguiu o título da Copa do Brasil em cima do Coritiba fora de casa, graças ao pênalti de Valdivia e a cobrança espetacular de Thiago Heleno. E que não conseguiu manter ritmo com o elenco para o Brasileirão que começou em maio. O estopim foi o gol de mão de Barcos após a cobrança de escanteio contra o Internacional.
Era a chance de empate para o verdão. O gol foi validado pelo bandeirinha e pelo arbitro de campo. Mas o quarto arbitro invalidou o gol. Jean Pierre, o quarto arbitro da partida anulou o gol porque viu o lance pela televisão, o que é proibido durante as partidas, argumenta o clube.
O Palmeiras entrou com uma ação no STJD pedindo anulação do jogo. O verdão lamentava o placar de dois a um do Inter mas foi goleado no STJD por nove a zero e não conseguiu a anulação do jogo.
Pois bem, aquele famoso jeitinho brasileiro que acha solução pra tudo foi posto em cheque por Barcos. O Pirata fez o que pôde. Certo não estava, mas sua intenção era a melhor: diminuir a chance do Palmeiras ser rebaixado. E quanto a suspeita de que Jean Pierre viu o lance pela tevê?  Correto? Também não. Mas a sua intenção também era a melhor: ser justo.
E então, o uso de recursos tecnológicos como televisão e rádio devem ser materiais de trabalho dos árbitros brasileiros? Bem, se isso um dia chegar a ser, o futebol vai morrer. Passará a existir um jogo com uma série de comentários, reprises e pitacos dentro e fora do campo.

Por Tatiane Simon Rosa